sexta-feira, 4 de julho de 2014

Um Elogio a Sinceridade



Relendo o livro Purê de Batatas do Pr. Abe Huber, me deparei com uma singela palavra que faz toda a diferença no nosso contexto de vida em sociedade, família, igreja e grupos de amizades. Conta-se que este vocábulo é de origem romana, cujo significado em latim é: "Sini Cera", ou seja, "Sem Cera". A palavra em questão da à ideia de algo puro, sem mistura. De acordo com o Blog Sine Cera, diz à história que na antiga Roma, oleiros desonestos "maquiavam" os vasos que rachavam passando cera, encobrindo assim as rachaduras, o fazendo parecer um vaso em perfeito estado. Assim, um vaso sine cera era o vaso autêntico, sem maquiagem. Tentarei expor minhas idéias "sem ceras", expor o que eu realmente creio, sem maquia-las para agradar alguém. Certezas e incertezas que surgem do que vivi, observei, senti. Tentarei ser então Sine Cera, mesmo tendo muita cera em mim... A partir da reflexão sobre SINCERIDADE, me veio alguns insights sobre a questão em nossos cotidianos, em especial, nas redes sociais, pois podemos perceber quantos ATORES temos a nossa volta! Temos os que se manifestam com palavras de motivação quando eles próprios não acreditam em si mesmos, também temos os que esbanjam felicidades quando na realidade estão interiormente tristes e insatisfeitos com a vida, além daqueles que postam suas fotos com aspecto de bem estar quando na realidade estão depressivos e amargurados com familiares, amigos e igreja. Necessitamos tirar as máscaras! É possível contar com a ajuda de um Deus bondoso e misericordioso que está sempre pronto para aliviar as cargas dos francos e honestos de coração! Basta sermos sinceros em relação ao que estamos vivendo e sentindo! As escrituras nos garantem que o Senhor da graça aos humildes. Entretanto, não podemos nos esquecer de que nossa SINCERIDADE deve operar tanto na vertical com Deus, como na horizontal para com os que estão a nossa volta. Sendo assim, urge também a necessidade de sermos transparentes em nossas ações e relacionamentos de modo geral. Pensemos nisso!!!


Por Marco Mardine

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"Para que serve a teologia?"



Não são poucas as vezes que me deparo com pessoas menosprezando o saber teológico. Infelizmente em nosso contexto cristão evangelical, dá-se mais ênfase no apelo místico do que nas escrituras sagradas propriamente falando, sobretudo, em nossa nação brasileira por trazer em seu DNA uma forte influência sincrética religiosa. Ao invés de se buscar uma espiritualidade saudável, bíblica e cristocêntrica, tem se dado lugar a uma espiritualidade vazia e cheia de misticismos. Os crentes na maioria das vezes, exaltam um contato direto com um “Ser” transcendente por meio de suas próprias experiências religiosas. Notadamente, nos meios “Pentecostais e Neo – Pentecostais”, não querendo generalizar, é mais comum de se perceber o forte apelo místico. Quando o foco está mais na experiência litúrgica pessoal, como adoração, oração e contemplação, sem linearidade com as escrituras sagradas, tais práticas não passam de mero “misticismo”. Partindo desses pressupostos, tenho por convicção que não devemos divorciar práticas litúrgicas (Oração, adoração e contemplação), de um bom conhecimento bíblico teológico, principalmente para aqueles que almejam desenvolver seu ministério no serviço cristão. Por conta disso, a teologia não deve ser "satanizada", pois a mesma nos ajuda a entender o agir de Deus na história da humanidade através dos registros bíblicos desde os tempos mais remotos. “Menosprezar a teologia é cuspir no prato em que comemos todos os dias”, pois, tudo que sabemos acerca da doutrina bíblica cristã, chegou até nós em decorrência dos esforços dos “Pais da Igreja” (Leia-se, teólogos, professores, mestres cristãos e bispos importantes) à partir do  Iº  e 2º século. Os mesmos trabalharam incansavelmente na organização de tópicos doutrinários, afim de que, pudéssemos ter em mãos de forma sistematizada nossos credos e confissões doutrinárias. Portanto, que venhamos em nossas igrejas, incentivar os candidatos ao ministério, a preparar-se teologicamente, de forma que cumpramos  responsavelmente nosso papel na evangelização e comunhão, sobretudo, na construção de uma cristandade cada vez mais parecida com Cristo.

                                                                      Sola Escriptura!

Marco Mardine - Bacharel em Teologia (Fathel/Unifil), Bacharel em Filosofia (Faculdade Sinal), Licenciado em Filosofia (ICSH) e Pós Graduado em Ciências da Religião (Faculdade Sinal).