Não são poucas as vezes
que me deparo com pessoas menosprezando o saber teológico. Infelizmente em
nosso contexto cristão evangelical, dá-se mais ênfase no apelo místico do
que nas escrituras sagradas propriamente falando, sobretudo, em nossa nação
brasileira por trazer em seu DNA uma forte influência sincrética religiosa. Ao
invés de se buscar uma espiritualidade saudável, bíblica e cristocêntrica, tem se dado lugar a uma espiritualidade vazia e cheia de misticismos. Os crentes na maioria das vezes, exaltam um contato direto com um “Ser” transcendente por meio de suas
próprias experiências religiosas. Notadamente, nos meios “Pentecostais e Neo – Pentecostais”,
não querendo generalizar, é mais comum de se perceber o forte apelo místico. Quando
o foco está mais na experiência litúrgica pessoal, como adoração,
oração e contemplação, sem linearidade com as escrituras sagradas, tais práticas não passam de mero “misticismo”. Partindo desses pressupostos, tenho
por convicção que não devemos divorciar práticas litúrgicas (Oração, adoração e
contemplação), de um bom conhecimento bíblico teológico, principalmente para
aqueles que almejam desenvolver seu ministério no serviço cristão. Por conta
disso, a teologia não deve ser "satanizada", pois a mesma nos ajuda a entender
o agir de Deus na história da humanidade através dos registros bíblicos desde
os tempos mais remotos. “Menosprezar a teologia é cuspir no prato em que
comemos todos os dias”, pois, tudo que sabemos acerca da doutrina bíblica
cristã, chegou até nós em decorrência dos esforços dos “Pais da Igreja”
(Leia-se, teólogos, professores, mestres cristãos e bispos importantes) à
partir do Iº e 2º século. Os mesmos trabalharam incansavelmente
na organização de tópicos doutrinários, afim de que, pudéssemos ter em mãos de
forma sistematizada nossos credos e confissões doutrinárias. Portanto, que
venhamos em nossas igrejas, incentivar os candidatos ao ministério, a preparar-se
teologicamente, de forma que cumpramos responsavelmente nosso papel na evangelização e comunhão, sobretudo, na construção de uma
cristandade cada vez mais parecida com Cristo.
Sola Escriptura!
Marco Mardine - Bacharel em Teologia (Fathel/Unifil), Bacharel em Filosofia (Faculdade Sinal), Licenciado em Filosofia (ICSH) e Pós Graduado em Ciências da Religião (Faculdade Sinal).
Marco Mardine - Bacharel em Teologia (Fathel/Unifil), Bacharel em Filosofia (Faculdade Sinal), Licenciado em Filosofia (ICSH) e Pós Graduado em Ciências da Religião (Faculdade Sinal).